domingo, 9 de junho de 2013

Hangover part III

é impressionante ver como o meu corpo reage,

No inicio da tarde, estava eu ainda no meu quarto a pensar se devia ou não de ir ao cinema contigo. Pensava eu em 1001 maneiras de evitar que desses conta do frete que ia fazer por, pensava eu, não me apetecer estar contigo. Mas enganei-me, assim que te vi foi como se tivesse entrado num mundo que há muito deixei e julgava perdido.

Parece que deste que sais-te da minha vida, deixei de saber o que é amar é o que é estar magoada por amor. Passei a conhecer melhor a solidão, e aprendi a lidar comigo mesma quando preciso de ter alguém a ocupar o teu lugar a meu lado. Sou bastante complicada e preciso constantemente de sentir o calor desse alguém que, hipoteticamente, estaria a meu lado. Por isso, foi muito difícil...mas habituei-me. Construí como que um novo mundo, um novo bem estar. É como se eu tivesse conhecido outra pessoa e que levou tempo a habituar-me a sua maneira de ser e de estar. Levou tempo a descobrir aquilo que realmente a fazia feliz, as suas qualidades, defeitos e como lidar com eles. Foi difícil, mas esta relação parece já estar sobre rodas.
Comecei então a procurar nova gente para integrar no nosso mundo. Porque, o que é uma relação se não tiver terceiros à mistura? Não para uma relação a 3, óbvio, mas para um novo ponto de vista. Para criar opção de escolha entre mim e essa gente. Tenho vindo a tentar, e acho que aos pouco até ia lá...
Vinhas algumas vezes ao meu pensamento, mas recordava-te como um exemplo, como algo que me magoa por me ter feito feliz. Guardei-te do mesmo modo que guardo a saudade Mas, para ser sincera, já não me afectava muito. Já não passavas mais do que uma memória, recordação.
Pensava eu, quando sentia aquele ansiedade, que o meu corpo me estava a tentar dizer "Não vás, porque não é esse o teu caminho agora. Vais perder o teu tempo. Fica em casa." mas afinal não....
As tuas piadas continuavam a ter tanta ou mais graça que da última vez, o teu sorriso confortava-me mais a cada segundo que passava. A tua presença, naquele local, aquela hora era dedicada a mim por isso, senti-me especial. Senti-me mais bonita que nunca. Senti que ali sim, estava bem e que não havia mal nenhum em ali estar. E o teu perfume? oh meu deus. O teu perfume quando tu estavas sentado a meu lado, apoderou-se de mim e não me largou mais. O tocar-te, e sentir-te junto de mim trouxe-me uma sensação que há muito não sentia. Durante aqueles momentos, por alguma razão o céu cinzento era azul e o sol brilhava. O céu só se tornava cinzento para fazer surgir o tema de conversa que eu receava que acabasse. Foi como se Deus me tivesse dado aquele tipo de felicidade que ultimamente eu tenho andado á procura. Mas como não podia ser a longo prazo, compilou tudo em meras 4 horas para que eu não perdesse a esperança de ser feliz daquela maneira outra vez. E a única pessoa que poderia fazer isso eras tu. Por esse motivo é que nós só falamos de vez em quando. E como se fosses  um sinal para que eu não desista...um sinal que só vem quando o desespero já dura à muito tempo.
Quando saímos do cinema a realidade começou a pesar. Aquela é que era a oportunidade que tu tinhas para me agarrar, beijar, dizer que me queres. Mas fomos para casa. Os dois no carro era chance para me dizeres  o quanto sentes a minha falta.. mas em vez disso "Então e a rita, ainda está obcecada contigo? Se não está tem de deixar de estar.. porque já sabes como é, quem não me esquece, sofre". Pois é.. quem não te esquece sofre. Eu tenho todos os argumentos necessários para provar essa teoria e tu mal sabes disso.
Desde então estou a espera que me mandes uma mensagem, simplesmente, para meter conversa comigo..só porque tu gostas de falar comigo.

Cheguei a casa aborrecida por vir tão cedo. Mandaram-me logo arrumar o que me levou a pensar "que merda de vida a minha". Voltei então a praticar aquela minha habilidade de conter as lágrimas quando elas vão cair, mas.... ainda não está bem aperfeiçoada porque quando as contenho o meu humor sofre uma ligeira alteração... Sentei-me agora, e doí-me o corpo todo. Sinto-me como se tivesse ido a pé deste aqui até ao Colombo em vez de carro. Isto é o meu corpo a dizer-me "eu bem te avisei". Aquela ansiedade não era por estar a percorrer um caminho que não o meu.. era por estar a percorrer um caminho que me ia magoar se continuasse. Era por voltar a caminhar por um lugar proibido, um lugar do qual não devia sair. Por estar a "infringir a lei". E é verdade.. agora, passadas 6horas desde que te vi, o maldito perfume continua comigo e quando fecho os olhos, vejo-te a olhar para mim ainda.

Como é que eu ainda posso gostar de ti?
God damn it, isso é impossivel.

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